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O par EUR/USD iniciou um recuo corretivo e, pelo terceiro dia consecutivo, vem testando o desequilíbrio 9. Vale lembrar que uma zona de desequilíbrio não é apenas uma área de interesse para os traders, mas também pode atuar, em certa medida, como uma zona de suporte. Até o momento, porém, não se observa nem uma reação clara a esse desequilíbrio nem a sua completa invalidação. A atividade dos traders voltou a se aproximar de níveis mínimos.
Nesse contexto, um novo sinal de alta, que poderia permitir a abertura de novas posições de compras, ainda pode se formar, embora, por ora, não haja uma reação convincente do mercado a esse padrão. Cabe destacar também que foi sugerida a compra do euro a partir dos desequilíbrios 3 e 8, onde igualmente surgiram sinais de alta. Neste momento, essas operações apresentam um lucro acumulado de cerca de 170 pontos.
Caso o desequilíbrio altista 9 não seja invalidado, os traders poderão contar com ganhos significativamente maiores. Ainda assim, cabe a cada trader decidir de forma independente se manterá ou não uma posição comprada em aberto.
A leitura do gráfico continua a sinalizar dominância altista. A tendência de alta permanece intacta: houve reação tanto ao desequilíbrio altista 3 quanto ao desequilíbrio altista 8. Apesar da queda relativamente prolongada da moeda europeia, o dólar ainda não conseguiu romper essa estrutura de alta. Teve cinco meses para fazê-lo — e não foi bem sucedido. Na semana passada, formou-se um novo desequilíbrio altista 9, que agora atua como mais uma área de interesse e zona de suporte para os compradores. Vale reforçar que, caso surjam padrões de baixa ou sinais claros de quebra da tendência de alta, a estratégia poderá ser ajustada. No momento, porém, nada aponta nessa direção.
O cenário de notícias desta sexta-feira foi bastante fraco, de modo que não se esperava maior atividade no mercado. De fato, a liquidez permaneceu reduzida e, portanto, não é possível tirar conclusões relevantes. Por ora, resta aguardar uma reação ao desequilíbrio 9 ou a sua eventual invalidação.
Os compradores vêm tendo diversos motivos para uma nova ofensiva há cerca de dois meses, e todos eles seguem válidos. Entre esses fatores estão a perspectiva claramente dovish para a política monetária do FOMC, a política geral de Donald Trump (que não apresentou mudanças recentes), o impasse entre Estados Unidos e China, no qual apenas uma trégua temporária foi alcançada, os protestos contra Trump (que já se espalharam pelo país três vezes neste ano), s fragilidades do mercado de trabalho, as perspectivas pouco animadoras para a economia norte-americana (risco de recessão) e o fechamento do governo, que durou cerca de um mês e meio e claramente não foi totalmente precificado pelos traders. Diante disso, acredito que uma continuação do movimento de alta do par é um desdobramento natural.
Também não se deve perder de vista a guerra comercial conduzida por Trump e sua pressão recorrente sobre o FOMC. Nas últimas semanas, novas tarifas passaram a ser anunciadas com menor frequência, e Trump interrompeu temporariamente as críticas ao Fed. Ainda assim, acredito que esse movimento represente apenas uma calma temporária. Nos últimos meses, o FOMC vem promovendo um afrouxamento da política monetária, o que ajuda a explicar a ausência de uma nova onda de críticas por parte do presidente. Isso, no entanto, não significa que esses fatores tenham deixado de representar riscos para o dólar.
Continuo sem acreditar em uma tendência de baixa. O contexto macroeconômico permanece extremamente difícil de ser interpretado de forma favorável ao dólar — razão pela qual nem tento fazê-lo. A linha azul marca o nível de preço abaixo do qual a tendência de alta poderia ser considerada encerrada. Para atingi-lo, os vendedores precisariam empurrar o preço para baixo em cerca de 360 pontos, algo que não conseguiram sequer em movimentos muito menores ao longo dos últimos meses. O alvo de alta mais próximo para a moeda europeia segue sendo o desequilíbrio baixista entre 1,1976 e 1,2092 no gráfico semanal, formado ainda em junho de 2021.
Calendário de notícias para os EUA e a zona do euro
Em 22 de dezembro, o calendário econômico não contém nenhuma entrada relevante, e os traders já podem começar a se preparar para o Ano Novo. Não haverá impacto das notícias sobre o sentimento do mercado na segunda-feira.
Previsão e dicas de negociação para o EUR/USD
Na minha avaliação, o par pode estar entrando na fase final da tendência de alta. Embora o cenário de notícias continue favorável aos compradores, foram os vendedores que passaram a atacar com maior frequência nos últimos meses. Ainda assim, no momento, não vejo razões concretas que sustentem o início de uma tendência de baixa.
A partir dos desequilíbrios 1, 2, 4 e 5, os traders tiveram oportunidades de compra do euro e, em todos os casos, observou-se algum grau de valorização. Também houve oportunidades de abrir novas posições compradas a favor da tendência após a reação ao desequilíbrio altista 3, bem como após a reação ao desequilíbrio 8. O alvo para a alta do euro permanece em 1,1976. As posições de compras podem ser mantidas em aberto, com o Stop Loss ajustado para o ponto de equilíbrio.
Além disso, um novo desequilíbrio altista 9 foi formado, o que pode fornecer aos traders um novo sinal de alta. Por enquanto, contudo, ainda não há uma reação clara do mercado.