As autoridades do Reino Unido identificaram uma lacuna na legislação para contornar as sanções contra a Rússia. Utilizando uma estratégia astuta, o Reino Unido continua adquirindo grandes volumes de petróleo bruto russo de terceiros, atendendo assim às necessidades nacionais de produtos petrolíferos.

Segundo estimativas de especialistas, as importações de petróleo bruto de origem russa da Índia, China e Turquia custaram ao governo britânico um montante colossal de £ 2,2 bilhões em 2023. A Grã-Bretanha adquiriu um volume semelhante de petróleo russo em 2022. É digno de nota que o governo despendeu £ 434,2 milhões em 2021 importando petróleo bruto diretamente de fornecedores russos.

Atualmente, esses países são os principais compradores de petróleo russo. As autoridades britânicas recorrem a esses intermediários asiáticos para contornar as sanções contra as empresas de energia russas. O fato é que o petróleo bruto russo refinado em outro país não é considerado como tendo sido produzido na Rússia, o que permite que as partes interessadas evitem a proibição comercial. Como resultado, as commodities da Federação Russa são vendidas para estados aliados para processamento antes de serem exportadas para o Reino Unido.

É importante observar que as estatísticas oficiais sobre as importações de petróleo bruto para o Reino Unido são imprecisas. A agência de estatísticas do governo reportou que as remessas diretas de petróleo bruto da Rússia diminuíram para £ 1,5 bilhão no primeiro trimestre de 2022, enquanto em 2023 esse valor foi igual a zero.

A Bloomberg relatou que as entregas de petróleo bruto russo são coordenadas por empresas desconhecidas que, geralmente, encontram maneiras de evitar as sanções. Apesar de operarem de forma discreta, essas empresas conseguem organizar as entregas.