O mundo financeiro está sendo dominado por um assunto de extrema importância: a questão dos possíveis cortes na taxa básica de juros. Os líderes dos bancos centrais de diferentes países estão acompanhando de perto as ações do Fed relacionadas a um possível corte nas taxas. Considerando que o desempenho da economia dos EUA afeta os mercados financeiros globais, isso não surpreende. Todos os países, do Reino Unido ao Brasil, estão interligados por questões econômicas, e qualquer turbulência afeta toda a cadeia.

Anteriormente, prevalecia a ideia de que cada país determinava sua política monetária independentemente da postura do Fed. No entanto, a realidade é que muitos países dependem das decisões tomadas pelo Federal Reserve. Nesse ínterim, as condições financeiras globais pioraram devido ao aumento da probabilidade de um cenário negativo, o que sugere que a taxa de juros do Fed permanecerá alta por um longo tempo, já que os EUA ainda não conseguiram lidar com a inflação. Diante dessas condições, o dólar americano subiu, enquanto outras moedas caíram visivelmente. Como resultado, a probabilidade de intervenções cambiais em vários países, principalmente na Ásia, aumentou consideravelmente.

O aumento da inflação nos EUA afetou as expectativas gerais em relação à taxa de juros, o que, por sua vez, piorou o sentimento financeiro global. Um exemplo disso é que os bancos centrais da América Latina adiaram indefinidamente seus planos de cortar as taxas. Ao mesmo tempo, alguns países temem enfrentar novos obstáculos na flexibilização das condições financeiras.

A situação foi agravada pela valorização de 4,75% do dólar em relação a uma cesta de seis principais moedas. Em 2024, o dólar americano avançou 9,6% contra o iene e 6,5% contra o won sul-coreano. É importante observar que a Coreia do Sul e o Japão são grandes parceiros comerciais dos EUA. Por isso, as condições financeiras nessas regiões se deterioraram, e surgiram problemas no curso do comércio mútuo. No entanto, esses países asiáticos têm sido bastante bem-sucedidos em lidar com os desafios econômicos.