A economia chinesa segue sob pressão, afetada tanto pela fraqueza da demanda global quanto por uma demanda doméstica ainda contida. Segundo dados do Departamento Nacional de Estatísticas da China, a produção industrial avançou apenas 4,8% em termos anuais em novembro — o ritmo mais fraco em 15 meses e abaixo das expectativas do mercado. A desaceleração é mais evidente nos setores de manufatura e energia, enquanto a mineração apresenta desempenho relativamente mais resiliente.

O consumo interno enfrenta um desafio ainda mais agudo. Apesar dos programas de estímulo à demanda em vigor, as vendas no varejo cresceram somente 1,3% na comparação anual, o nível mais baixo desde o fim de 2022. Essa fraqueza reflete a persistente incerteza financeira, a pressão sobre a renda das famílias e um aumento generalizado da cautela por parte dos consumidores. O mercado automotivo também perdeu fôlego, com o crescimento das vendas desacelerando para 3,4%, bem abaixo dos níveis observados em outubro, em meio à redução de incentivos e ao comportamento mais defensivo dos compradores.

A atividade de investimentos permanece em patamar crítico. O investimento em ativos fixos recuou 2,6% nos primeiros 11 meses do ano, enquanto a concessão de novos empréstimos segue modesta, limitada pela fraca demanda por crédito e pelo impacto restrito das medidas de estímulo governamentais. Embora a taxa de desemprego esteja em um nível historicamente baixo, de 5,1%, isso ainda não se traduziu em crescimento consistente da renda. A recuperação econômica segue desigual e depende, em grande medida, da eficácia de novos estímulos para ganhar tração de forma mais ampla.